sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sobre o tal final feliz


 Sempre me disseram que a vida nunca vai ser como mostram os filmes clichês, onde a mocinha, o vilão e o venerado herói se encontram numa história que... Provavelmente você já conhece o final. Mas a verdade é, por mais ingênuo que pareça, acredito na magia, além do mais, que graça teria levantar todas as manhãs, acreditando que a vida é uma coisa normal e vai continuar a ser exatamente assim até o dia em que morrermos?
   Hoje mesmo, eu estava passeando nas ruas entediantes da minha cidade e vejo um casal de velhinhos abraçados num banco na praça. Sorrindo com os olhos, fiquei pensando se algum dia eu teria a sorte de ser como eles. Também terei um ‘príncipe’ que me aquecerá até as rajadas geladas do meu último inverno? Enfim, essa é só uma idéia de como eu imagino - desejo - meus últimos dias de respiração.
  Apesar de achar o ‘the end’ mais bonito quando a mocinha e o herói se beijam embaixo de chuva, há momentos na vida que não se pode colocar o ‘felizes para sempre’ como título do capítulo e simplesmente fechar o livro. A vida, infelizmente, está longe de ser uma coisa simples, existem ainda muitos capítulos a serem escritos por nós e pelas nossas escolhas.
   Ao contrário dos filmes, na realidade, nem os bilionários, nem os famosos, nem os bem sucedidos e muito menos a pessoa que você tem certeza que tem uma vida perfeita são totalmente felizes, ou pelo menos não o tempo todo. Vai existir um momento na vida das pessoas em que as coisas não vão sair exatamente como querem.
   Apesar de todas as contradições, ainda prefiro acreditar que a vida não passa de um longo - ou curto - filme, em que os personagens envolvidos se encontram e se desencontram, numa desarmoniosa busca por um lugar onde se encaixem no ‘grande quebra-cabeça’ - que normalmente chamamos de mundo. Nenhum personagem principal é feliz o filme inteiro, o que é uma estranha coincidência, não?