terça-feira, 21 de julho de 2015

O meu amor e o amor de "fast food"


Untitled


Nesse mundo do “usa e joga fora”, numa noite agradável de verão, no meio de uma música aleatória do Red Chilli Peppers, eu o encontrei.
Noite festiva, formatura de segundo grau dele pra ser exata. Com direito a fogos de artificio, beijos tímidos e demoradas troca de olhares. Ele mal notou no meu vestido simples e minha maquiagem feita às pressas, mas se demorou nas minhas sardas e no meu sorriso fácil.
A sua pintinha no canto da boca, seu cabelo bagunçado e sua notável timidez me mantiveram numa hipnose indescritível até o final. E tudo o que eu pensava era o que aconteceria depois que as luzes acenderiam e o dia amanhecesse. Maldita ansiedade.
 Dizem que amor a gente não acha nas festas, mas Deus! Se isso for mesmo verdade, é incrível como sou sortuda. Depois de tantos pós festas jogada no chão do banheiro, com a maquiagem borrada e o coração em pedaços, essa vez foi, no mínimo, incrivelmente diferente.
Um sms de “bom dia” e BOOM: não consegui conter a sensação de ter a felicidade entrando pela porta da frente.
É uma pena que isso tudo se torna a cada dia que passa mais e mais raro nesses tempos de “tinder”.
Vivemos numa época onde os encontros em festa são tipo “fast food” rápido, prejudicial e descartável. Tinder vai, tinder vem. Um, dois, quatro, onze. Cem, trezentos, quinhentos likes. Como se o amor fosse uma espécie de perda de tempo e os likes em conjunto com os encontros “fast food” uma espécie de preenchimento do vazio satisfatória.
Só quem já passou pela experiência de uma tarde de domingo cheia de amor sabe que essa coisa toda de amor fast food é uma bobagem e a verdadeira “perda de tempo”. Espero o dia em que todos fiquem sabendo disso também.

PS: sua pintinha ainda me mantem hipnotizada toda vez que olho pra ela. 

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